quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Poema: Carnação


CARNAÇÃO



Mulheres

Homens

Todos nus

Em tonalidades diversas

Em estruturas diversas

Estátuas que a natureza fez

E que ela própria desfaz

Quando já não é eficaz

A vida

As cores são diferentes

Mas os padrões são coerentes

Numa conformidade

Transformada através da idade

Em peles e ossos

Configurando novos esboços

Ao corpo nu

Colorido

Pungido

Com a morte que vem

Com a sorte que tem

De não presenciar a eternidade

Mas ter a vida como verdade

Enquanto ela durar.



Alma Collins